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sábado, 7 de maio de 2011



Trem de Ferro

Café com pão
Café com pão
Café com pão

Virge Maria que foi isso maquinista?

Agora sim
Café com pão
Agora sim
Voa, fumaça
Corre, cerca
Ai seu foguista
Bota fogo
Na fornalha
Que eu preciso
Muita força
Muita força
Muita força
(trem de ferro, trem de ferro)

Oô...
Foge, bicho
Foge, povo
Passa ponte
Passa poste
Passa pasto
Passa boi
Passa boiada
Passa galho
Da ingazeira
Debruçada
No riacho
Que vontade
De cantar!
Oô...
(café com pão é muito bom)

Quando me prendero
No canaviá
Cada pé de cana
Era um oficiá
Oô...
Menina bonita
Do vestido verde
Me dá tua boca
Pra matar minha sede
Oô...
Vou mimbora vou mimbora
Não gosto daqui
Nasci no sertão
Sou de Ouricuri
Oô...

Vou depressa
Vou correndo
Vou na toda
Que só levo
Pouca gente
Pouca gente
Pouca gente...
(trem de ferro, trem de ferro)

(Manuel Bandeira)



Fonte: http://www.luso-poemas.net/

Um comentário:

  1. Flávia, parabéns, a poesia do Trem nos leva à recordações da infância. A minha foi assim... e oi maravilhosa... visitar a Vó e o Vô de trem era tudo o que eu mais esperava durante o mês. Aquele barulho ao longo e as paisagens que se visualizava, até cheiro era diferente. Muito bom. O que fui recordar no passeio, que acho que fizeste (pela foto), em Carlos Barbosa, adorei e recomendo. É fantástico.
    Abraço carinhoso
    Profa. Marilene

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